lunes, 9 de junio de 2008

Esperança



ARLINDO BARBEITOS
(ANGOLA)

Por entre as margens da esperança
/e da morte
meteste a tua mão
e
eu vi alongados nas águas
os dedos que me agarram
em lagoa de um sonho
corpo de jacaré
é soturna jangada de palavras
/secas
por entre as margens da esperança
/e da morte


(in "Vozes poéticas da lusofonia", Sintra 1999)
Abraços de Roma
Enzo

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