lunes, 9 de junio de 2008
O meu amor
ALEXANDRE DASKALOS
(Nova Lisba, Angola, 1924-Guarda, Portugal 1962)
Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
(Poesias, 1961)
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario